Emana que volta, emana que volta Se perguntar? To ca escolta Ajoelha, quem que vem lá Porta aberta é Mojubá Abre pra eu entrar Vem Abre pra eu entrar Vou Sendo ferramenta de outras pretas que passou A carne é bruta mas pra luta uso a mente Chamou de intuição o que chamo de subconsciente Que faz presente minha gente e linhagem Hoje não sou ninguém se não for minh'ancestralidade Pois sou morada de uma história História que resiste Ontem não vi na escola Mas hoje a gente vive Pra cultura ofuscada Escrevo nessa linha Se a linha é do tempo Não escrevo ela sozinha Eurocentrista deus Julgando meu talento Me encontro com minha Deusa Minha imagem represento Como as fases da lua Transmuto pelo céu Julgando os meus passos Hoje sou meu próprio réu A cada beat, feat, samba, funk, rap, reggae Eu sou versátil e mesmo frágil a força me rege Sou resultado do estado que nos quer calada Fiz meu caminho a cada corte da minha espada Porque sou filha da mãe terra que Maria cria Luto em guerras e por ela me mantenho viva Sou fragmento das Vieiras saúdo dona Alba Que fala "filha, viva a vida mas só tenha calma" A Deusa ensina Me tornar viva Emana que volta, emana que volta Se perguntar? To ca escolta Ajoelha, quem que vem lá Porta aberta é Mojubá Abre pra eu entrar Vem Abre pra eu entrar Vou Sendo ferramenta de outras pretas que passou