Eu já torrei um fino Mas eu juro que queria um vinho Queria um vinho Aceso mas sem filtro Tô em cacos mas sem vidro Eu já torrei um fino Mas eu juro que queria um vinho Queria um vinho Aceso mas sem filtro Tô em cacos mas sem vidro Peco mas puno-me, peco mas puno-me Eu sei que você não escuta seus pais Mas eles também estranham existir No Inferno que é esse moedor de horas No espelho o pânico o rosto desbota Cortinas vendam, paredes devoram Saltos ornamentais em rasas covas Amas a mentira a verdade assombra Em busca de luz eu furtei a sombra Nasci chorando, cresci com o olho ardendo Bons filhos são falsos, que a máscara rompa Nasci chorando entre flores sôfregas Arrebata, penitência da própria escolha Saltos ornamentais em rasas covas Não cairei fingindo que a máscara rompa Bons filhos são falsos eu juro, eu juro Bons filhos são falsos eu juro, eu juro Bons filhos são falsos eu juro, juro Bons filhos são falsos eu juro, eu juro Bons filhos são falsos eu juro, juro Bons filhos são falsos eu juro, eu juro Bons filhos são falsos eu juro, juro Bons filhos são falsos eu juro Eu me senti mal tantas vezes Cansativos degraus que subirei Vozes confusas e eu já não durmo há meses Enxergo-me sóbrio até a próxima bad Eu me senti mal tantas vezes Cansativos degraus que subirei Vozes confusas e eu já não durmo há meses Enxergo-me sóbrio até a próxima bad No espelho o pânico antes da pedra que taco As sombras se movem no fundo escuro do qual eu não saio Reclame dos tiros cavando trincheiras a beira do caos Labirinto do mal entendido, eu juro, bons filhos são falsos Eu juro, bons filhos são falsos No espelho o pânico antes da pedra que taco Escorre os equívocos das nossas mãos, poupa-se os calos Poupa-se os calos Não há moldura pra suportar as feridas que retrato Diferencio o arco da lira Fingindo eu não caio, eu juro, bons filhos são falsos Pássaros que abandonaram seus fios elétricos Muros antes santos, não exigirei demais Nas ruínas tudo é queda Perpetuo o estrago, morrerei por excesso Guilhotina do extremo onde medalhas se encerram-se Apenas jovens que se revelam no escuro Confesso as vezes sinto vergonha dos olhos Enxergo-me sóbrio até a próxima bad Órbita mal amarrada, flor um tiro na vértebra Sob um teto de arame quantas asas nasceram Teus pais te sufocam num abraço sincero As vezes sinto vergonha dos olhos confesso Encontre os furos em seu arquipélago Conta-me com quantas culpas se faz uma família Pedem socorro no espelho que quebro, morrerei por excesso