Larguei meus ombros ao chão Dormi nos teus pra despertar No meu colchão A insegurança me fez Falso moralista Não tão falso quanto A pele que te habita É sempre a busca do abstrato Que te afasta o medo De um deus ausente Que entre os velhos Te aponta o dedo E eu sigo livre Me prendendo Ao desviar do vento Pra socorrer Quando algum dia Te encontrar sossego Volta ao tempo Que escrevia em mim Tuas poesias sem fim Pra me lembrar que eu sou Dono do sim Teu corpo é um disco de vinil Que eu quero escutar E as minhas faixas favoritas Tão no lado A O lado B a gente esquece Só pra te guardar E faz da noite coletânea Pra continuar Fecha as cortinas porque o Sol promete entortar Apaga a luz e bota Logo a agulha no lugar Depois de um som Pra relembrar O que eu deixei passar Pode voltar pra escuridão Que cê chama de lar Dane-se a romantização Eu não me importo com teu coração Eu só quero ler esse encarte De cima pra baixo, até escorregar nas mãos Oh-oh Houve rumores que uma participação Foi descartada nessa nova edição E a gente esquece 83 Pra vir pro agora de uma vez Porque eu nunca gostei de divisão Teu corpo é um disco de vinil Que eu quero escutar E as minhas faixas favoritas Tão no lado A O lado B a gente esquece Só pra te guardar E faz da noite coletânea Pra continuar Fecha as cortinas porque o Sol promete entortar Apaga a luz e bota Logo a agulha no lugar Depois de um som Pra relembrar O que eu deixei passar Pode voltar pra escuridão Que cê chama de lar Teu corpo é um disco de vinil Que eu não posso comprar E as minhas faixas favoritas Vou ter que gravar Nesse K7 pra escutar Quando eu quiser voltar Pro 83 que empenou E nunca vai tocar Teu corpo é um disco de vinil Que eu quero escutar E as minhas faixas favoritas Tão no lado A O lado B a gente esquece Só pra te guardar E faz da noite coletânea Pra continuar Fecha as cortinas porque o Sol promete entortar Apaga a luz e bota Logo a agulha no lugar Depois de um som Pra relembrar O que eu deixei passar Pode voltar pra escuridão Que cê chama de lar