Quando olhar para si mesmo E não vir nada mais Do que um pássaro a esmo Contra mil vendavais Debatendo-se em penas Tanta pena de si Perguntando-se apenas Porque foi que eu nasci? Quando a própria certeza Não passar de um talvez Cada enzima, cada osso Só um fosso De porquês E a mais pura beleza For igual aos balões Cada pelo, cada nervo Um acervo De ilusões Saiba, nem um cabelo Cairá se não for Sob o vivo desvelo De um Deus Criador Seu mais lindo poema Se reflete em você Filho, venha, não tema Eu Sou o seu porquê Você é um manifesto Da verdade vital Cada nervo, cada pelo Um modelo original Você mesmo é um gesto Desmassificador Cada osso, cada enzima Obra-prima do Senhor