Os bichos não se submetem, se aquietam, se adequam Entre as grades da prisão é que esses vivos-mortos se alargam, crescem Na barganha da feição Seria audácia meus peitos de farmácia Atualizando a criação Seria audácia brincar em minha carcaça Carne em revolução Os bichos multifacetados, múltiplos, mutilados Pela faca do desejo é que esses mortos vivos vão pra todos lados Muito além do que eu vejo Seria audácia meus peitos de farmácia Atualizando a criação Seria audácia brincar em minha carcaça Carne em revolução Se eu sou à imagem e a imagem não me alcança Como é que sou imagem e semelhança? Se eu sou imagem e me falha a temperança Haveria verossimilhança? Se meu corpo é templo como a tempos a andança Do meu corpo ruma pra nuança? é que se meu corpo é templo é templo de minha própria instância Nosso corpo é o templo da mudança! Seria audácia meus peitos de farmácia Atualizando a criação Seria audácia brincar em minha carcaça Carne em revolução