Pras bandas do poente ergueu-se uma barra Calou-se a cigarra, assim de repente E um som diferente ponteou de guitarra E um som diferente ponteou de guitarra Lá longe, bem longe, faísca e troveja Silêncio de igreja com ecos de bronze Nas preces do monge, no amém do assim seja Nas preces do monge, no amém do assim seja Tropeando a lonjura, o tempo que berra Farejo mais serra que o vento procura A chuva madura traz cheiro de terra E a chuva madura traz cheiro de terra O tempo desaba, o mundo se adoça Na água que empoça, mais mansa ou mais braba A seca se acaba e tudo remoça A seca se acaba e tudo remoça ♪ Nas almas sedentas não é diferente As barras do poente que se erguem violentas Depois das tormentas, acalmam a gente Depois das tormentas, acalmam a gente Se as safras perdidas tivessem gargantas Podiam ser santas da searas da vida São tão parecidas as almas e as plantas São tão parecidas as almas e as plantas Tropeando a lonjura, o tempo que berra Farejo mais serra que o vento procura E a chuva madura traz cheiro de terra E a chuva madura traz cheiro de terra O tempo desaba, o mundo se adoça Na água que empoça, mais mansa ou mais braba A seca se acaba e tudo remoça A seca se acaba e tudo remoça A seca se acaba e tudo remoça A seca se acaba e tudo remoça