O ronco simples de um mate Na sombra de um paraíso Semblante triste do aviso Que ronda o ciclo que encerra Do vento mesclado na terra Num janeiro de mormaço Resseca os tentos do laço Deixando ao campo quem berra Resseca os tentos do laço Deixando ao campo quem berra O pingo mouro da encilha Não ringe mais Paysandu As botas de couro cru Não garroneiam prateadas O pensamento na estrada Não tem caminho, nem fim E as rugas pealadas em mim São tombos na invernada E as rugas pealadas em mim São tombos na invernada A linda pegou a estrada Pros pagos beirando o céu Ficando um gosto de véu Que amarga junto a cambona Um silenciar de cordeona Com poeira na baixaria E o tranco largo dos dias Suando junto à carona E o tranco largo dos dias Suando junto à carona ♪ O braço perde sua força Pois nem a cruz a levanta No dia em que o Sol descamba Nalgum' rumar balconeiro Parece que o corpo inteiro Já castigado de andanças Escolhe o tipo da trança Pra um cabrestear estradeiro Escolhe o tipo da trança Pra um cabrestear estradeiro É a vida que se arremata Na calma que ronda as casas É como água nas brasas Que leva a alma ao léu Ficando só um chapéu Cobrindo a quina da porta E uma certeza já morta Bombeando um rancho do céu E uma certeza já morta Bombeando um rancho do céu