Sou vertente de água pura, sou sentinela do pampa Eu sou tropeiro que acampa enquanto a tropa descansa Sou o progresso que avança na direção do futuro Eu sou o minuano puro cabresteando uma esperança Tal qual as velhas Missões que Sepé glorificou Um pouco do que restou desse caudilho imortal Sou o escarcéu de bagual bem no alto da coxilha Eu sou mais um farroupilha buscando seu ideal Pra quem não sabe quem sou, sei que meu verso dirá Minhas matas tem mais verde, mais prata tem meu luar Querência flor de querência, lindo lugar pra morar Rincão que a natureza chamou de Maçambará Sou campo de pasto verde, do Salso e do Jerivá Sou o gorjeio do Sabiá, recreio de boa aguada Sou grito da Mão Pelada lá na costa do banhado Sou presente, sou passado, sou clarim da madrugada Sou a querência mais nova que a geografia pariu Ventada de chuva e frio pelas mãos da natureza A fauna é minha riqueza, a cultura, meu escudo Na plantação, tenho tudo, fartura e pão sobre a mesa Pra quem não sabe quem sou, sei que meu verso dirá Minha matas tem mais verde, mais prata tem meu luar Querência flor de querência, lindo lugar pra morar Rincão que a natureza chamou de Maçambará