Aquele homem que está sentado Cabelo branco, rosto enrugado Olha pra dentro, enxerga longe Pra o horizonte do seu passado Aquele homem é uma tronqueira E na franteira se enraizou As suas rugas, marcas de laço De tanto pialo que já escorou Aquele homem é o meu pai Melhor amigo que eu conheci Tudo que sei eu devo a ele Pois foi com ele que eu aprendi ♪ É um campeiro, é um fidalgo É um tropeiro de gado alçado Veio das casas grandes da estância Mas o seu trono foi o cavalo Quanto amigos eu já perdi Mas o meu pai ainda véve Dos que partiram resta lembrança E a saudade que me persegue Por isso quando abro o meu peito A minha voz estranha aparece Mesmo sabendo que não mereço tanto Eu sei que canto pra quem merece Mesmo sabendo que não mereço tanto Eu sei que canto pra quem merece