São viajantes de ideal corrompido Cujo lazer reprimido não é de se admirar E não à toa vão vivendo à deriva De cidade em cidade, não achando lugar Mas se o lugar onde reside a vida For o próprio movimento no abandono geral Só escolheram viver o que era certo Mesmo sendo distante do que é habitual Os ideais que nos levam à descida Pro buraco profundo onde há dor e razão Porque sabem que ideias perigosas São ainda piores na posse de um canhão Então fugi de Pasárgada Já a caminho de Shangri-la Não eram muito agradáveis As coisas que vi por lá Na minha saída de Shangri-la Perdi o que havia na mala Pra tigres dente-de-sabre E quem não posso contar Nossos heróis não mais procuram abrigo Eles buscam ser libertos dessa estagnação Mas a estratégia de ir de um canto ao outro Mais tem esvaziado sua motivação Já é sabido por todos do grupo Nesse mundo sinistro não há céu pra se estar Então nos resta fazer o céu na terra Do jeitinho que for, com o que tem e o que dá ♪ Longe, quanto mais longe Mais desafiante manter-se no chão Vamos um pouco adiante Quanto mais distante, mais desilusão Tudo o que posso fazer É apenas torcer por uma direção Vejo uma estrela cadente E consigo ela traz uma revelação Quando cheguei em Pasárgada Era fácil se impressionar Com os prazeres da carne Que se pode saciar Na minha saída de Shangri-la Perdi o que havia na mala E o dinheiro da passagem Quero só ver me cobrar ♪ Tá show! Tá show?