Tem casa que parece casa Tem gosto de casa, tem jeito de lar Tem olhos que parecem sonhos Que colorem mundos, me fazem ficar Ah, candeia o meu dançar E cala o meu falar Com beijo e cheiro Tem canto que parece canto Tem gosto de manto, tem jeito de amar Tem bocas que parecem redes Que embaraçam corpos e fazem morar Ah, candeia o meu dançar E cala o meu falar Com beijo e cheiro ♪ Quando a calmaria chega A ventania não incomoda mais Ela agora balança as folhas das árvores Que guardam o meu canto Felicidade é pouco É prazer de linha colorida em folha de papel Feito canto de sabiá ecoando pelo céu Sabia quem enche o poço E se encanta com a descida do balde até o fundo Que imagem que é a água que brota da terra E sacia a sede de vida Ah, menina, por que demorastes a entender Que é preciso estar atento ao que realmente ensina? Quando adormeço debaixo da árvore-mãe Sinto a brisa da calma da alma na carne chegar Todo abandono conforta a pele que dorme E do nada me desperta o sabiá ♪ Ah, candeia o meu dançar E cala o meu falar Com beijo e cheiro Ah, candeia o meu dançar E cala o meu falar Com beijo e com cheiro