A cigana sorriu, com seus dentes de ouro ao ler minha sorte Linhas na palma da mão para sempre serão, meu passaporte Minha mãe me falou sobre a cruz de Jesus das chagas dos cortes E meu pai me entregou seu facão guarani e apontou para o norte E eu segui... Quero viver muito além das fronteiras, dos que só sabem ser Pedras de atiradeira Eu devia saber, que de certa maneira, não seremos jamais Mais que grãos de poeira no céu... Era um "D" de destino, era um "E" de esperança ou de encruzilhada Era um "N" de nunca ou quem sabe de nuvens e um dia ela passa Tantas vezes me vi, tendo que decidir entre o nada e o nada Mas quem leva a certeza no meio do peito Não teme a empreitada que virá (que virá) (A seguir) Quero viver muito alem das fronteiras, dos que só sabem ser Pedras de atiradeira Eu devia saber, que de certa maneira, não seremos jamais Mais que grãos de poeira no céu... Era um rei e uma dama, um valete de ouro, carta marcada Era só nosso amor, era tudo de bom era um abracadabra Vem um raio de sol pela telha quebrada, lá na calha d'água E o cheiro de mato, e de terra molhada, na beira da estrada Vem, longe vem Vem, longe vem Era um "D" de destino, era um "E" de esperança ou de encruzilhada Era um "N" de nunca, ou quem sabe de nuvens e um dia ela passa É um "D" de destino, era um "E" de esperança ou de encruzilhada Era um "D" de destino, era um "E" de esperança ou de encruzilhada Vem, longe vem Vem, longe vem