Eram dois amigos inseparáveis Lutando pela vida e o pão Levando um sonho de cidade em cidade De serem donos do seu caminhão Com muita luta e sacrifício Para pagar em dia a prestação Se realizava o sonho, finalmente O empregado passa a ser patrão ♪ Suas viagens eram intermináveis De cansaço, de poeira e chão E um dos amigos, um recém-casado Ia ser pai do primeiro varão Com alegria vinham pela estrada Não vendo a hora de chegar E o caminhoneiro disse ao amigo Vou lhe dar meu filho para batizar Mas o destino cruel e traiçoeiro Marcou a hora e o lugar A chuva fina e a pista molhada Com uma carreta foram-se chocar Mas como todos têm a sua sina Um a morte não levou E agonizante nos braços do amigo disse Vai conhecer meu filho porque eu não vou ♪ Naquela curva à beira da estrada Uma cruz ao lado do pinheiro Marca para sempre onde foi ceifada a vida E o sonho de um caminhoneiro Com a morte do companheiro A saudade vai chegar Aqueles bons e velhos tempos Nunca mais irão voltar ♪ Mas o destino cruel e traiçoeiro Marcou a hora e o lugar A chuva fina e a pista molhada Com uma carreta foram-se chocar Mas como todos têm a sua sina Um a morte não levou E agonizante nos braços do amigo disse Vai conhecer meu filho porque eu não vou