Já fui um grão de areia todos pisavam em mim Agora resolvi tomar uma decisão Não sou mais grão de areia, virei uma pedra bruta De pedra transformei também o meu coração De pedra muito dura fiz pra sempre meu destino De aço construí minha imaginação O pranto dos meus olhos para sempre envenenei Pra matar seu orgulho e a sua traição Meu grande amor, somos dois barcos tristes Que navegamos sempre em ondas fortes Porque seguimos rumos diferentes Um vai pro sul e o outro vai pro norte Pra onde vamos não existe porto Pro mar da vida somos clandestinos Dois condenados a morrer de amor Na tempestade do fatal destino As badaladas do relógio da matriz Estão marcando nossa triste despedida Muito breve você vai casar com outro E para sempre vai sair da minha vida E no momento que você disser o sim Estarei perto para ouvir a sua voz Em pensamentos eu estarei revivendo Tudo o que houve no passado entre nós Quando vestir aquela camisola preta Companheira da nossa primeira vez Vai ter outro ocupando meu lugar Mas minha sombra estará entre vocês