Nasci na costa do mato, índio cruzado com branco Beiçudo que veiaqueia' eu faço pegar o tranco E a china eu levo na prosa e com dois, três beijos eu amanso Larga e dá um tapa na cara que berre como quiser Metendo a mão no focinho, me errando coice nos pé Que eu vou mostrar pra esses cavalos Como eu trato as minhas muié' Vou frouxar o couro da marca, cortar bem sobre a paleta Pra me derrubar de cima só que o lombo se derreta Depois arrasto as morenas por cima de uma carreta Se cravo as venta na grama, se escarrapacha berrando Saio passito na frente com as minhas esporas cantando Se vai virando cambota, é coisa linda que eu acho O céu tremendo nos olhos, parece que eu tô borracho Domo essa dona e faço a cordeona chorar Domo essa dona e faço a cordeona chorar E o baile véio' vai até o dia clarear Domo essa dona e faço a cordeona chorar Domo essa dona e faço a cordeona chorar E uma morena diz que hoje vai me esperar E a loirinha também quer se apaixonar ♪ ♪ Larga que bata carona pra me tirar do sossego Gosto do maula que saia babando nos meus pelegos E a china eu gosto que chegue já me chamando de nego Nasci na costa do mato, índio cruzado com branco Beiçudo que veiaqueia' eu faço pegar o tranco E a china eu levo pra cama e com beijinho eu amanso Deixa esse potro rinchando virar cambota Que eu debulho uma vanera com a direita e com a canhota Rio Grande véio', Rio Grande, marca gaúcha Esta morena do baile eu vou levar na garupa Domo essa dona e faço a cordeona chorar Domo essa dona e faço a cordeona chorar E o baile véio' vai até o dia clarear Domo essa dona e faço a cordeona chorar Domo essa dona e faço a cordeona chorar E uma morena diz que hoje vai me levar E a loirinha diz que vai me... Ô, Rio Grande véio' ♪ Domo essa dona e faço a cordeona chorar Domo essa dona e faço a cordeona chorar E o gaiteiro vai até o dia clarear E a morena disse que hoje vai me levar E a loirinha também quer me arrastar, vamo que vamo