Tarde e a cidade parece dormir E eu quero ficar acordado Perguntas-me o porquê de me estar a rir Tenho o segredo mais bem guardado E num abraço apertado Cantamos aquela canção Como a força do mar, num porto qualquer És a calma de um rio, nessa pele de mulher Como a brisa que vem numa tarde de verão És a voz no silêncio, és aquela canção Entre a pressa e o desejo, secreta paixão Rodamos entre quatro paredes Com a força de um beijo, tiras-me o chão Corpo seco que mata a sede E rimos como crianças Talvez já nem haja amanhã Como a força do mar, num porto qualquer És a calma de um rio, nessa pele de mulher Como chama que arde e se apaga a seguir És passado, és presente, és futuro que há de vir Como o ar que me falta e se apaga no peito És a palavra certa, num poema perfeito Como brisa que vem numa tarde de verão És a voz no silêncio, és aquela canção Como a força do mar, num porto qualquer És a calma de um rio, nessa pele de mulher Como chama que arde e se apaga a seguir És passado, és presente, és futuro que há de vir Como ar que me falta e se aperta no peito És a palavra certa, no poema perfeito Como brisa que vem numa tarde de verão És a voz no silêncio, és aquela canção