Aprender a estar-se sozinho Com os outros homens Mas longe deles Em que esta solidão Não é de nós Mas para nós Pois aprender a estar connosco É aprender a estar com todos E em todos Carteiro leva isto a quem quiseres Que eu sou se quem me apanhar Listo e novo É nesta luta pela lucidez Ao tentar manter-nos sãos Dentro daquilo que somos Que o equilíbrio se mostra Entre aquilo que se é E as mudanças que nos procuram E o que é aceitar a mudança Senão aprender com os erros Aceitar e desfazer Assim somos na casa andante Ardente, que oxida com o tempo Apenas um mero pensamento ♪ Juntei no meu pensamento Os amigos que adoro Numa festa sem vento E num canto sonoro Com o peito empinado Contei-lhes que é dentro Da casa onde moro Que mora o amor Sincero e verdadeiro De todos o primeiro É um tempo distante dos lugares comuns É um instante Porém mais longo que o mero pensamento Mais fundo que a gota do sumo da vida Estamos sós Mas há o som e a imagem A música e a paisagem A palavra, a guitarra A espera da saudade O cosmos que não cessa a sua expansão Os que continuam a viver e a saudar-nos De dentro do nosso ventre Perseverança e tranquilidade São as baionetas da guerra invisível Mas deixemo-nos de lugares comuns Permanecendo no lugar de cada um