Sem frases "entre aspas" Roubadas das biografias O inverso: restos e raspas Não me interessam jamais Quero mais, capturar a essência Da dor e alegria que foi Caju Nas cadências dessa melodia azul Meus versos, quase tão livres Quanto a alma desse tão poeta Procuram maneira mais bela Que possa lhe descrever Quem sabe, escrever bem torto Sobre uma linha reta num traço nu Traga as curvas e cores que são Caju Contra o tédio, contra os santos Contra as convenções Conta como é bom viver sem fim Tudo o que há Minha voz e os contra-cantos São contravenções Cantam sim o que Caju sempre será Contra os chatos, contra os tontos Contra os canastrões Conta como é bom se ver assim A se espalhar Minha voz e os contra-pontos Vão na multidão Cantam sim ao que Caju sempre será