Estou procurando Estou procurando Estou procurando Estou procurando Estou procurando, estou tentando entender O que é que tem em mim que tanto incomoda você Se é a sobrancelha, o peito A barba, o quadril sujeito O joelho ralado apoiado no azulejo Que deixa na boca o gosto, beiço Saliva, desejo Seguem passos certos escritos em linhas tortas Dentro de armários suados No cio de seu desespero Um olho no peixe, outro no gato Trancados, arranham portas Dores nos maxilares Cânceres, tumores, viados que proliferam Em locais frescos e arejados De mendigos a doutores Cercados por seus pudores Caninos e mecanismos afiados fazem suas preces Diante de mictórios, fé em pele de vício Ajoelham, rezam, genuflexório Acordam pra cuspir Plástico e fogos de artifício Sexo é sexo Tem amor e tem orgia Cadela criada na noite Submissa do sétimo dia Sexo é sexo Tem amor e tem orgia Cadela criada na noite Submissa do sétimo dia Estou procurando (Sexo, sexo) Estou procurando Estou procurando Estou procurando Estou procurando, estou tentando entender O que é que tem em mim que tanto incomoda você Se é que na minha cara tem dois círculos Na minha cara tem dois círculos Por eles vejo o que é finito Por eles vejo o que é finito Na minha barriga tem uma bola E na barriga de mainha tinha uma bola Por ela via o infinito Por ela via o infinito E a minha cara quadrada A minha cara quadrada A minha cara quadrada todo mundo vê E a minha cara quadrada, minha munheca quebrada A minha mente chapada, é o primeiro a se perceber E a minha cara quadrada A minha cara quadrada A minha cara quadrada todo mundo vê E a minha cara quadrada, minha munheca quebrada Minha cabeça achatada, é o primeiro a se perceber Então Estou procurando (Sexo, sexo) Estou procurando Estou procurando Estou procurando Estou procurando Estou procurando Estou procurando Estou procurando