Aelita era uma linda princesa Que vivia num castelo sideral E vivia sempre aos ais sentada ao computador Aelita não conhecia o amor O seu salvador veio doutro planeta Astronauta de famosas qualidades Isento de veleidades e consumado fadista Cuxeava e era cego de uma vista Aelita Aelita, uma moça catita Encontrou-a nos jardins do palacete A meditar programas transcendentais Mostrou-lhe logo uns postais, meia dúzia de revistas Aelita excitada trocava as vistas Foram os dois para os aposentos dela Desfrutar das alegrias naturais Eram gemidos e ais que a princezinha largava Sem saber que um par de olhos a olhava Aelita Aelita, uma moça catita Porque havia lá um urso de pelúcio Inocente mas agudo observador Sim, engraçado imitador de tudo aquilo que via Presente de aniversário de uma tia E a meio da noite saltou da vitrina E se dirigiu ao leito da princesa Com a flauta toda tesa e lha enterrou na boca Aelita ficou logo como louca Oh Aelita Aelita Aelita, uma moça catita Bem era urso, era astronauta, era princesa O que se passou não pode ser contado Aqui nem em nenhum lado por respeito ao estabelecido Aelita tinha agora dois maridos