Se eu te suplico por um tête-à-tête Na kitchenette vendo sitcom Tu me retruca empinando o topete: -Se fosse um flat até ficava bom. Me pede a chave do chevette hatch E sai toda jambete pro baixo leblon. Tento de tudo pra acabar com a crise Tão performática no edredom Danço no ventre transo striptease Siliconada, peito de teflon Se eu te convido pra assistir reprise Tu chama a rapeise e vai pro Bar do Tom. Ah! Vem cá se trancafia Vê se esquece o drive-true Trauma de claustrofobia Não passa de tabu. Pra que ficar na rua ensaboando o céu Se pra quem se habitua qualquer cafua dá lua de mel? Pra que tanto escarcéu? Concubinato não é mausoléu. Te peço um colo bem tatibitate: -Vem cá curtir comigo o talk-show. O nosso jogo terminando empate Eu cavo um pênalti no golden gol. Basta eu piscar tu já partiu pra night E eu procuro um site pra saber quem sou. Me monto até que nem socialite Tchutchuca diet muito natural No fast-food vou de coca light E calo a boca no telejornal Você só pensa em futebol soçaite E eu descubro um site mais sentimental. Ah! Vem cá pra incubadeira Custa abdicar do sol? Temos uma vida inteira Debaixo do lençol. Pra que ficar na praia acumulando sal Se pra toda cobaia qualquer cubículo é descomunal? Não é assim tão mal Nosso cubículo descomunal. É sobrenatural! Enclausurados num cartão-postal.