Amigo te concedo vivas nessa hora Pelo excitante canto que me deste agora Que se sucumbam barcos correrão os rios E os homens partirão em rumo aos desvarios Em teu silêncio há paisagens Cornamusas e clarões Descansas entoando canções Mas que intrigante vulto tomas pouco a pouco Cavalos de sons chegam habitando ocos Cantigas quimeras do fundo de tua alma Modinhas sinceras te cutucando a palma Em quais noturnas te anuvias Que como faz nas noites frias Oh Ingá de Ossaim O teu encanto mora em mim És Sapoti no canto doce da Jurema Um samba de Orly com Canhoto em Ipanema Brasileirinho já do alto da montanha Chamando Maomé para o Canto de Ossanha A vida é o fio desse canto Dor e mistério do teu pranto Que toda legião dos Iorubás proteja tua canção Azulão Desprendes tuas asas da amplidão E colhe tuas rosas na canção, onde é bom voar Ancião Tu és o anjo novo da canção És ouro do meu povo Promissão, ouro de Oxalá Beato dos bordões, das primas prisioneiro Dos ramos que suspiram o luso-cancioneiro Das plagas que te adora o povo brasileiro Onde os anais procuram mais a brisa traz tua canção Azulão Desprendes tuas asas da amplidão E colhe tuas rosas na canção, onde é bom voar Ancião Tu és o anjo novo da canção És ouro do meu povo Promissão, ouro de Oxalá Beato dos bordões, das primas prisioneiro Dos ramos que suspiram o luso-cancioneiro Das plagas que te adora o povo brasileiro Onde os anais procuram mais a brisa traz tua canção