Kishore Kumar Hits

Thiago Amud - Catirina Desejosa текст песни

Исполнитель: Thiago Amud

альбом: O Cinema Que o Sol Não Apaga


Catirina espera uma menina
Que lhe come as proteína
Há nove meses sem parar
Qual lombriga dentro da barriga
Inté parece que periga
O umbigo dela estuporar
Pobre do Francisco
Seu dinheiro não condiz
Co'o tanto de petisco pro jantar
E por conta disso
Pega o dobro de serviço
Mas não adianta
Dura saga duplicar a paga
Para alimentar a draga
Em que a mulher se transformou
Na fazenda ele é gado e moenda
E ainda aguenta reprimenda
De vaqueiro e de feitor
Acabada a liça
O cabra esquálido espreguiça
O esqueleto que sacolejou
Mas voltando ao lar
A Catirina lhe declara
Que tá com desejo
Pede caldo, pão de queijo
Uma cumbuca de pitéu
Moquém de caranguejo
Pede, pede uma bandeja
De beiju, caju com mel
Banana de sobejo
Quando Chico pede cama
Catirina quer farnel
Tirina mal reclama
Chico traz sarapatel
Que a gente quando ama
Vara meio-mundaréu
E pena uma disgrama
Pela bela dama que a gente embuchou
E que virou
Pantagruel
Certa noite, Chico leva o boi
Tinhoso a fogo, ferro, açoite
Até o curral de seu patrão
Faz dinheiro co'esse cativeiro
Pois xodó de fazendeiro
É marruá e barbatão
Volta satisfeito
No caminho vê seu feito
Virar lenda e preito no sertão
Mas, dever cumprido
Seus deveres de marido
Já lhe desconcertam
A gestante tem sob o semblante
Um pensamento delirante
A remoê, remoinhá
O recém-herói, refém da prenhe
Vê que, por mais que se empenhe
Ela não vai se saciar
E de gulodice
A moça diz: 'eu quero as vísceras
Do boi tinhoso pra aplacar
Qualquer ameaça
De que a nossa filha nasça
Com focinho de vaca'
Catirina quer a língua
Do zebu do coronel
E fica de rezinga
Pede o lombo, pede logo
Todo o resto do tropel
Pra não morrer à míngua
Quando Chico pede calma
Catirina cospe fel
Tirina não tem alma
Só desejos a granel
Mas pra não ser um mau
Marido, Chico vira réu
Pra não causar um trauma
Na mulher amada que ele engravidou
E que virou
Pantagruel
Catirina espera u'a menina
Pai Francisco mata o boi arisco
Ele arranca as tripa, quebra as anca
O povo sobe nas tamanca
E saltimbanca no dia de boi-bumbá
Pé na estrada, Chico
E não volte aqui nunca mais
Não volte nunca mais
Pé na estrada, Chico
E não volte aqui nunca mais
Não volte nunca mais
Pé na estrada, Chico
E não volte aqui nunca mais
Não volte nunca mais
Pé na estrada, Chico
E não volte aqui nunca mais
No more no more no more
Não volte nunca mais
Pé na estrada, Chico

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