Kishore Kumar Hits

MR-13 - Ciclo Venenoso, Pt. 2 текст песни

Исполнитель: MR-13

альбом: Nada Mais de Antes


Começa um novo episódio
Parte 2, 10 anos depois
Pois o ciclo venenoso continua e não para
Para cada brasileiro ou brasileira na dianteira da história
Olha só a trajetória em torno da bandeira
Desde as Jornadas de Junho
Cerrados o punho pra além dos 20 centavos
Com MPL, mas veio MBL, aprovação da PL
O golpe já tinha um rascunho
Conchavos feitos à direita
Eita porra!
(vai vendo)
Assim nossa esquerda destra perde o peso na gangorra (Orra!)
A classe que trabalha pagará o boleto, sem amuleto
Corre solto ainda o genocídio preto
Esqueleto de um momento de novas miragens
Pra não pirar: consciência pros que vem das margens!
Já que a história não finda
E não existe nada sem trabalhador ainda
Como eu queria que isso não passasse de um sonho
E nossas leis viessem a favorecer o povo
Uma década passou e nóiz firme e forte aqui
Martelando o mesmo prego de novo
Anos 2000
Achavam que os carros iam voar
As doenças iam curar e viver como os Jetsons
Mas o que eu vejo é a polícia matar
As leis se encavalar
Voltamos aos tempos dos Flintstones
Acendo o Winston
Não vejo a mulekada no parque
É só mais um fim de semana no parque
Desempregado
O pai atrás do alimento em busca de um sustento
Tem que aguentar o baque
Quantos não crescem filhos de mãe solteira
E, sem perspectiva, têm que partir pro ataque
Hoje o mano é formação de quadrilha
Mas quando ele foi preso, roubava um chocolate
(yo yo)
E continua o ciclo, mais um versículo
Família pobre brasileira espremida num cubículo
Na trilha do Sol, o anzol da propaganda te fisga
Quando o seu filho diz: "Pai me compra aquele triciclo?"
Muitas coisas mudaram, muitos se armaram
Uns morreram, uns mataram, crime no currículo
Vejo sangue na camisa furada
Foi perfurado na calçada
O soldado, mais um discípulo
É venenoso, irmão, ganância, dinheiro na mão
Quem são? sem cenzão pra sessão, um criminoso em ascensão
É tensão além da compreensão
Atenção, pois pensam que não aguenta a pressão
Em cima do muro, olhando os dois lados, não vejo futuro
Me sinto inseguro em meio ao fogo cruzado
Acusado sem crime por quem nos oprime
Esse é o regime, no oceano o reflexo do soldado
Colherão flores na terra aqueles que plantam corpos
Quem verá o fim da guerra serão os soldados mortos
Olhe pro lado e encontre telas com seres na frente
E, ao olhar pra frente, veja a tela que nos põe de lado
Distanciados do que vem à frente, tampamos os lados
Trampamos, dormimos só pra trabalharmos, fatos
Se todos fossem ricos ou famosos
Haveria graça no anonimato
Alone in mato, fatos
Acostumados enjaulados, celulares caros, sapatos e carros
Antecipamos todos os fatos
E isso tem nos transformado em ratos
Quando confinados a tendência é comermos outros ratos
Ame as pessoas, use coisas e não beije a lona
Pra você ver que o contrário não funciona, tem quem chora
Por ter papel demais e não escrever história
Andando incrédulo, Matrix é o trailer do século
Talvez por isso foi lançado em '99
E agora chove a chuva ácida do ano '17
Corre!
Tudo a serviço do que eu quero receber mensal
Mas tudo isso é Para Além do Capital
(yeeeeeehhhh)
Olho pro alto enquanto caio
Atingido por um raio
Num dia chuvoso
Abro meus olhos, ainda estou vivo
Levanto e me reativo
Encaro o ciclo venenoso
O ciclo venenoso
"O foda é que
Esse ciclo venenoso torna o emprego alienável
Essa é a real pegada
Que sem emprego a gente até vive
Mas sem trabalho a gente não é nada"

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