Será que é da altitude que tu tens medo? Se a nossa chama dá saúde ou vai-se tudo e acaba cedo? Tá-me a parecer que o ser humano goza e brinca Fazem-se planos coloridos mas o que a gente pinta? Meu doce, não me dês tudo deixa Agridoce Que eu sou guloso na atitude e depois acabou-se Quando eu gosto eu dou o mundo Mas o que trouxe? O destino se eu tive que queimar o esboço Dá-me um motivo, mas sendo livre e vice-versa Na pessoa pois magoa moldarem-te a peça Originar aquilo que te farta Eu escrevi nesta carta Para não ser tema de conversa Tu acredita, eu não tou nessa via Acordo bem mas és tu quem, dá Cor ao meu dia Sem dar-te o coro eu dou-te de cor Cada toque sem tocar, mas que te toca ao pormenor Para mim és como ouro que não se troca, um amor numa droga Dou por mim achar que é pouco e já passa da hora Eu não te trocava nem por nada, tu aposta Mas não voltava se me mandasses dar uma volta Meu doce, não me dês tudo deixa agridoce (Deixa Agridoce) Dás por ti olhar para o tempo E depois acabou-se (acabou-se) E vai na volta, o que vai não volta (Nada volta atrás) A vida continua como se nada fosse Pra quê falar do esboço? Deixa Agridoce A gente brinca, brinda, entorna a bebida Ainda brindamos com a vida e seguimos os nossos sonhos Pelo menos é essa a minha perspetiva, narrativa que eu tropeço E onde é que eu me ponho? Quando o par não se completa transforma-se em singular Não compete a ninguém completar-se com outro alguém Eu que viva bem, e tu também Só assim é que dá Não sou perfeito para alguém mas quem é que o será? É o que se pensa A gente desarruma gavetas, mete magoas na despensa, e é Quando um clarão apaga esta luz imensa E o que brilham são lembranças que hoje em dia tu dispensas Não é preciso haver barulho É quando se dá o silêncio que começa o teu orgulho É louco o bagulho arrepia na hora Nossa vida até foi louca mas acabou noutra história Tento trocar a norma, quebrar a regra Mas tu mandas fora o que a minha mão pega Não fiques triste às palavras da caneta Amor partilha-se por aí encontra o teu neste planeta Meu doce, não me dês tudo deixa agridoce (Deixa Agridoce) Dás por ti olhar para o tempo E depois acabou-se (acabou-se) E vai na volta, o que vai não volta (Nada volta atrás) A vida continua como se nada fosse Pra quê falar do esboço? Deixa Agridoce Meu doce, não me dês tudo deixa agridoce (Deixa Agridoce) Dás por ti olhar para o tempo E depois acabou-se (acabou-se) E vai na volta, o que vai não volta (Nada volta atrás) A vida continua como se nada fosse Pra quê falar do esboço? Deixa Agridoce