As ruas da cidade já não têm mais cor Da janela de casa Vejo a chuva purificar o ar que respiro E os olhos da menina que não sabe o que Tem no mundo lá fora Perceba o frio de quem sente calor De uma nova casa Essa é a vida que vivemos Erramos e aprendemos e as vezes Nem mesmo aprender serve O tudo de quem não tem nada Coisas tão distantes, mas no meio da estrada... Se cruzam, por mais curto que seja Espalhados, ocultados sobre a mesa E o futuro não importa o que seja Só não pode ser tão cinza Que uma situação da sua vida Faça colorido aquilo que uma criança faria Nem mesmo o calor de um dia de sol Consegue aquecer almas tão vazias De pessoas tão frias Com expressões apagadas E só o que vejo são pessoas sem graça Vejo o dia passar Mais não é o que vejo E o meu dia-a-dia escapa entre os dedos Se essa fosse a vida que vivemos Estaria perdendo tudo aquilo Que um sorriso oferece Mais já não sei distinguir E se fosse assim Tudo o que é tão bom não teria mais fim