A madrugada é um livro estranho Nem leio, eu deito Eu me deleito nos textos malfeitos Malcriados, quem nunca escuta conselho Escuta: coitado Ouvindo o álbum predileto de poesia Lembrando do tempo passado E triste ao saber que o presente jamais seria Sorria, você está sendo amado Amada, por favor não fique amarga comigo O que é que eu posso fazer? Posso fazer nada Se ela vem como mulher e me ataca Em plena madrugada Eu me levanto da cama no susto Despido, sem pulso Ruído, um barulho na sala Deve ser Deus e sua mania De brincar com argila De escrever destinos De entortar as linhas E acertar os finais de semana E falando nisso quando cê sair do seu serviço Passa aqui na minha cama Deve ser eu e o meu problema De focar em um tema Isso é desafogo, por isso eu falo tanto Escutem outro Nesse armário já nem cabe desaforo O doutor recomendou o desapego E eu não