Gaita que anda comigo desde longínquas auroras Campo adentro, vida afora, espalhamos nos rincões Adoçando os corações que vivem nas sesmarias E apagando nostalgias pela luz das emoções Toda campanha gaúcha vibra e sente a tua voz Desde o tempo dos avós, és testemunha e memória Que guarda a essência, a história que todos nós preservamos Nos valores que cantamos sob os aclives da glória Baú de marcas antigas colhidas pelas distâncias Por corredores e estâncias onde andejamos semeando E até contrabandeando alegrias e cantares Que ficaram nos lugares que nos ouviram tocando Que ficaram nos lugares que nos ouviram tocando Aromas de mananciais e espinilhos florescidos Voejam em teus sonidos, timbrados de primaveras Alma de campo e esperas de um dia que vai nascer Na busca de compreender o âmago das taperas E quando a vida recua por farejar o passado Esse toque amaciado por pelegos e lonjuras Traz recuerdos e ternuras que viveram nos galpões E parem novas canções para as verdades futuras Bendita gaita crioula, deusa com alma de flores Amor entre os meus amores em floreios essenciais Pra manter originais vivendo num tempo novo Os costumes deste povo com seus hábitos rurais Os costumes deste povo com seus hábitos rurais Que ficaram nos lugares que nos ouviram tocando Que ficaram nos lugares que nos ouviram tocando