Abrem-se as portas comportas da iniquidade que arde E as chaves que abrem a esperança sucumbindo atrás das grades Covarde, maldade esperando a espreita E por vingança decretou sua pesada sentença Presença, sem recompensa na abstinência O amor que sofre a dor, da verdadeira ausência Sequelas deixadas por escolhas mantidas Pegadas na estrada de uma alma ferida Não tememos mais, não sofremos mais, nem importa mais Uma vez revelado seu segredo jaz, Pandora a mais bela de todas as donzelas Seu encanto, seu pranto, seu canto, sua sequela Ficou contida, inibida, não lhe restou saída E as cicatrizes que perduram pro resto da vida Sem permissão sem convicção com o mundo nas mãos É a guerra entre o bem e o mal na minha versão Libera a maldade e a esperança atrás das grades Na sombra da iniquidade descansa os covardes Mulher ponto aço carrega o fardo mais pesado A hora de virar o jogo chegou um abraço Quer fazer da vítima o pecador não senhor, Abriu o olho e enxergou, se entregou, se elevou Revirou o baú e abriu pro mundo a verdade Agora todos sabem de onde vem a pilantragem Desvendou os segredos mais ocultos guardados E sangrou mais entendeu seu valor ofuscado Gritou pro mundo inteiro seu corpo, suas regras São elas que fazem brotar flores na primavera Já era, a escama caiu, a culpa não nos serve mais Opressores de plantão, perderam sua paz Na caixa de Pandora seus medos, segredos Pra manter a ordem, a decência e o preconceito O vento levou e a liberdade cantou A beleza de Pandora enfim se revelou O tempo é delas, são flores, são belas São brutas, são feras, deusas de toda essa terra.