Meu amor, meu amor Meu corpo em movimento Minha voz à procura Do seu próprio lamento Meu limão de amargura Meu punhal a crescer; Nós parámos o tempo Não sabemos morrer E nascemos, nascemos Do nosso entristecer. Meu amor, meu amor Meu pássaro cinzento A chorar a lonjura Do nosso afastamento. Meu amor meu amor Meu nó de sofrimento Minha mó de ternura Minha nau de tormento: Este mar não tem cura Este céu não tem ar Nós parámos o vento Não sabemos nadar E morremos, morremos... Devagar, devagar...