Nós não somos iguais As tábuas já não me sustentam mais, pois nada se sustenta em mim Está tudo sempre se equilibrando, tudo sempre oscilando Entre a permanência e o fim As cordas já não me aguentam mais, não servem nem mais pra enforcar O inimigo que você não move e apenas te observa É só mais um a se equilibrar Não me importa o seu tamanho, há sempre alguém muito maior Não me importa o seu rugido, há sempre um som que assusta mais Daqui de cima eu posso ver melhor o que você tem pra esconder Querer distância de certos pontos pode te manter ileso Mas não é isso que eu vou fazer Não me importa a sua força, há sempre alguém capaz de mais Não me importa a violência que você tem a oferecer E se o embate parece iminente é bom saber se defender E se o abismo te observa o que você deve fazer? Permanecendo inflexível ao invés de arrepender Estipulando seus argumentos sem ter o que escolher Nós não somos iguais