Aquele olhar se fez tão justificável Ainda que você nem tenha reparado Complicado mesmo é conseguir não se deixar levar Por tudo aquilo que se arrisca a nos convencer De que já não existimos mais, de que já não estamos mais aqui De que nunca fomos reais, de que já não somos nada! De uma forma ou de outra, ainda estamos guardados dentro E ainda sim, bem mais que isso, perambulamos em nós mesmos! Se as risadas ainda ecoam, se os dinossauros ainda voam Se a gente nem se preocupa mais Em parar pra explicar! Nomes difíceis, coisas simples, pobre coitado de quem se esconder Por trás de medos, segredos, mágoas, silêncio e poréns! Mesmo que tudo voe, mesmo que eu destoe Mesmo que a gente nem se veja mais! Que seja tão verdadeiro que sangre, que seja tão sincero que mate Que seja tão incoerente e que faça viver! Há o que não vai morrer, há o que não vai passar Há o que não vai ter fim!