Bob da rage sense (1o verso):
Yeah, o show man... não há show, já não há show.
Quando o show acaba é que é fodido
Toda merda que rimaste deixa de fazer sentido
Enganaste o teu público mas alcançaste
O dinheiro pelo qual lutaste
Mas entraste em desgaste
Físico e psicológico mataste
Não acreditaste, ao caminho fácil te entregaste
Agora que não vês a multidão sentes a solidão
É uma sensação de perda completa de coração
Estás sozinho... mesmo com alguém ao pé de ti
Quem realmente é teu neste momento ao pé de ti?
Não os conheces nem eles te conhecem e é justo
Eles só querem arrancar-te algo, a todo custo!
Sobes, e cagas na namorada que te acompanhou
Que contigo lutou, que mil e uma noites por ti chorou.
E quem escolheste e puseste no lugar dela?
Foi mesmo aquela ilusionista, fútil e fatela.
Sexo sem sentimento, rimas sem pensamento,
Grandes beats mas não tens reconhecimento.
Tenho pena de ti, atirado ao frio
Ao viver iludido num completo vazio.
Fico surpreendido com que o sucesso é capaz de fazer
Corações a arrefecer, amizades a morrer.
P'ra passar a ser objecto dos que estão ao teu redor
Não me iludo com futilidades luto por algo maior,
Se o o que sobe desce,
P'ra manter na eternidade
Mas a lei da gravidade desobedece
E só apetece, nunca sonhará (?)
Porque quando cais todo o people esquece.
Sam the kid (2o verso):
Persona non grata, já ninguém grita,
Já ninguém berra quando o show se encerra,
Já ninguém o contracta e já la vai com trinta,
Já não pinta com trinta quando o flow se emperra,
Ideia é sempre burra, a carreira não se empurra,
E tu queres a cavalita, 'as agora só te abolitas
A que o preço desça tu queres é que o preço suba
E a cada som que acaba o people só sussura
Surra!
E quem te elegeu já não te elogia,
O odio abrangeu, ninguém se protegeu da alergia,
E a energia já não é a mesma que atingia
Lá se foi o best-off, lá se foi a antologia.
E a magia foi-se agora o boy só plagia
Ele devia ter visto o filme que eu fiz.
Boy se tu és falso cresce-te um nariz!
Mas tu não conseguiste e o mic já não te gira.
Não foste calculoso, agora na rua o gozo,
No palco gozo (?), quiseste andar nas putas com o paulo gonço,
Calculoso trabalhavas p'ro bronze,
Deste-me quase nada, um fio da madrugada sem o zéca afonso!
Yeah,
Se o o que sobe desce,
P'ra manter na eternidade
Mas a lei da gravidade desobedece
E só apetece, nunca sonhará (?)
Porque quando cais todo o people esquece.
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