I hear her close the door 'Cause I know she's never coming back no more ♪ Quem tá nela nas madruga Sabe do que eu tô falando Eu vejo a face da morte Em cada louco se drogando Em cada olhar desesperado Vejo o medo sufocando Pra cada vida que vai É um monte de vida chorando Até quando eu vou ver isso? Muitos vão antes do fim Quantos eu vou ver morrer Levando uma parte de mim? Quanto sangue em vão Vai ter que ser derramado Pros cara' criar' noção E ver que tá tudo errado A rua tá apodrecendo É só olhar pela janela Tá mentindo pra si mesmo Quem nega ver isso nela Os rolê' na cidade Fez parte da vivência Antes era Liberdade Agora é teste de sobrevivência Em cada beco Vários bico' a gente vê O destino nem precisa Ser vidente pra saber Sempre duas opções Cadeia ou caixão A causa da morte Provavelmente mais um jão Que sem opção Atirou e não correu A lei da rua é uma só Antes ele do que eu Quem era aliado É visto como oponente A vida alheia já não vale tanto Como antigamente Aqui a morte anda nua Ataca sem dó nem critério Mostra a cara na chacina Faz da rua um cemitério A luz do luar se esconde Atrás da neblina densa Deixando cada vez Mais tenso o clima Em semblantes fechados Olhares frios O amor se foi E abandonou nos corpos corações vazios Dando espaço pra maldade Espíritos possessivos Atacando, sugando A vida de cada ser vivo É o meu lar Asfalto cinza É meu lugar Só que as trevas tão engolindo elas Pra quem ama como eu amo Isso é inadmissível Se nós não fizermos nada O futuro é previsível Almas adoecerão Pessoas perecerão Quantos irmãos cairão Levando junto a esperança? A hora é de dizer não Pra porra da degradação No futuro, quero olhar pra trás E notar a mudança A máscara da rua cai O asfalto não é seguro Corre perigo quem sai Pro outro lado do muro São poucos que Trazem no peito a verdade Cada quebrada é um mundo E cada mundo uma realidade A máscara da rua cai O asfalto não é seguro Corre perigo quem sai Pro outro lado do muro São poucos que Trazem no peito a verdade Cada quebrada é um mundo E cada mundo uma realidade Na rua, o vento é quem dita A nota da sinfonia Intuição é um maestro E a sirenes melodias Às vezes Só a lua te faz companhia Presta atenção no que 'cê faz A rua te cobra um dia Por elas, as pessoas são Cada vez mais frias E eu aprendo observando O game over da maioria As treta' Nem sempre acaba' na diplomacia Quem tá, soube jogar Quem foi é só nostalgia O ódio Se espalha feito epidemia Os lixos se proliferam Nos canto' das rodovia' A noite cai Tem os do 12 de vigia E começa a fissura das medusa' E não é mitologia É real nas biqueiras É grande a freguesia Enquanto isso as escola' Tão cada vez mais vazia' Os nóia' Rende atendente de bijuteria E os kamikaze Cata' os banco' e as joalheria' A prática é controversa E sem ideologia Entende? Polícia honesta É só na teoria Pra resolver na lei É mó burocracia E na rua é só 'cê querer E ter pontaria