É tão extravagante o perfume
Azulejo rubi, cintilante mesmo sendo antigo
Meu flow é um chão de verniz
Transponível aos perdidos
Universidade de Coimbra
Uma nova chance na vida
Nova estante pro quarto
Galão de tinta repagina-te
Eu não carrego correntes no pescoço
Esse coração é uma bomba-relógio
Arquétipo de outono
O fruto que escapou do galho antes do cair da árvore
Terror dos trópikos, é o jovem
Atalhos pelo córrego
Não é só o rio que nunca é o mesmo
Na cesta de pães, algumas vírgulas matutinas
Resquícios de um sono corrido
(Eles usam uma técnica de guerrilha, né?)
(De guerrilha urbana, pra provocar justamente...)
♪
(Oh)
Eu não uso palavras difíceis
A forma que cuspo se faz digna
Sem jogadinhas de sílabas ou assuntos bobinhos
Tudo que escuto é ridículo, presunçoso, substituível
Se é só essa bobice que te inspira
Que Deus me ponha longe dessa vida
Quando rimo, nem rimo
Não poetizo, não verso
É só o espirro
Minhas vias aéreas estão cheias de limo
Essa construção está submergindo
Todos estão loucos pelo dinheiro
Enforcados pelo anseio
Madrugadas na superfície do estrado
Pé direito alto, posso ver o céu passar
Folhas podres, cheiro medonho
Derruba as paredes do cômodo
Não tenho dívidas nem vícios
Quando rimo é um alívio fodido
(Eles usam uma técnica de guerrilha, né?) b-bom...
(De guerrilha urbana pra provocar justamente...) b-bom...
(Bom, bom, bom...)
(Bom, bom, bom...)
(Bom, bom, bom...)
(Bom, bom, bom...)
(Bom, bom, bom...)
(Bom, bom, bom...)
(Bom, bom, bom...)
(Bom, bom, bom...)
(Bom, bom, bom...)
(Bom, bom, bom...)
(Bom, bom, bom...)
(Bom, bom, bom...)
♪
(Bom, bom, bom...)
(Bom, bom, bom...)
(Bom, bom, bom...)
(Bom, bom, bom...)
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