Quis parar o tempo não sabia envelhecer O velho babão Tinta no cabelo, farreava pra valer Tinta no cartão E quanta mentira usava pra fugir Do que desejava? Encontrar alguma explicação Pra crise existencial Que tratava seduzindo As amiguinhas de sua filha adolecente Síndrome do pânico, medo de morrer Mijava no chão Enquanto bebia e tantava não sofrer Com a solidão E quanta a verdade guardava pra fingir Que não cobiçava Outra chance, outra encarnação? E a crise existencial Escondida num sorriso De verdadeiro nem os dentes da frente Chorava o leite derramado Tudo que havia conquistado Bens patrimoniais, relações profissionais Agora nem sabia muito bem pra quê E no discurso decorado Tinha orgulho do passado Um passado que esquecia, toda vez que enlouquecia Se esfregando pelas raves, doido de "E" Até que um dia agonizou Ajoelhado, com a boca roxa Enfartando na balada E a molecada achando o lance engraçado, comentando Olha a dança do coroa, que piada Até que um dia agonizou Ajoelhado, com a boca roxa Enfartando na balada E a molecada achando o lance engraçado, comentando Olha a dança do coroa, que piada Até que um dia agonizou Ajoelhado, com a boca roxa Enfartando na balada E a molecada achando o lance engraçado, comentando Olha a dança do coroa, que piada Quis parar o tempo e seu tempo acabou