A vida é incerta mas a morte não Joga-se à cabra cega na corda de um peão Areias movediças sofocam me o pescoço É tão grande a preguiça que não saio do poço Até no existir é preciso ter fado O passado e o por vir é destino traçado Mas o inverno há de passar O calor do inferno já me está a acordar Já ouço na madrugada O rufar destes tambores Uma alma alentada Vê o mundo dos pintores Dancem comigo ao relento sob uma estrela feiticeira Descalços com os pés ao vento no brilho da lua cheia Dancem comigo ao relento sob uma estrela feiticeira Descalços com os pés ao vento no brilho da lua cheia Já ouço na madrugada O rufar deste tambor Uma alma alentada Vê o mundo do pintor O pintor vê o mundo Numa tela pintada Já ouço na madrugada O rufar deste tambor O rufar destes tambores Dancem comigo ao relento sob uma estrela feiticeira Descalços com os pés ao vento no brilho da lua cheia Dancem comigo ao relento sob uma estrela feiticeira Descalços com os pés ao vento no brilho da lua cheia Dancem comigo ao relento sob uma estrela feiticeira Descalços com os pés ao vento no brilho da lua cheia