Chama no modão Que aqui nois não é nutela não Aqui nois é raiz, rapaiz Chama ♪ Palma da mão, vai ♪ Sou aquele canarinho que cantou em seu terreiro Em frente sua janela eu cantava o dia inteiro Depois fui pra uma gaiola e me fizeram prisioneiro Me levaram pra cidade Me trocaram por dinheiro Um dia de tardezinha veio a filha do patrão Me viu naquela tristeza e comoveu o seu coração Abriu a porta da grade me tirando da prisão Vá-se embora canarinho Vá cantar no seu sertão Hoje estou aqui de volta desde as alta madrugadas Anunciando o entardecer e o romper da alvorada Sobrevoando a floresta e alegrando minha amada Bem feliz por ter voltado, pra minha velha morada ♪ Aô Ai, ai, ai ♪ Recordo com saudades Teus encantos Mercedita Perfumada flor bonita Me lembro que uma vez A conheci num campo Muito longe numa tarde Hoje só ficou saudade Esse amor que se desfez Assim nasceu Nosso querer Com ilusão Com muita fé Mas eu não sei Porque essa flor deixou-me dor e solidão Ela se foi Com outro amor Assim me fez compreender O que é querer O que é sofrer Porque lhe dei seu coração Chora que essa é campeira de mais Chama 'Goiásão', Tocantins véi' Ai que saudade E assim nasceu Nosso querer Com ilusão Com muita fé Mas eu não sei o que essa flor deixou-me dor e solidão Ela se foi com outro amor E assim me fez compreender O que é querer O que é sofrer Porque lhe dei Meu coração