Ui, ui, ui, ui, ui, ui! ♪ Bem na esquina daquela rua morta Reina o silêncio até findar o dia Chegando a noite, abrem-se as portas Do afamado Bar da Boemia E no momento em que eu ali chegava Os companheiros corriam me encontrar E as mulheres, todas me rodeavam E até brigavam por querer me abraçar ♪ Naquela rua eu sempre fui o dono Igual um rei volteado de rainhas Falsos amigos destruíram o meu trono Agora abraçam as mulheres que eram minhas Por intermédio de uma luz acesa Vejo o cantinho que elas sentavam comigo Vejo as mulheres naquela mesma mesa Bebendo ao lado de quem foram meus amigos ♪ Hoje sozinho, eu maldigo aquele bar Onde perdi a vergonha e o dinheiro Quando não tinha mais o que gastar Perdi as mulheres e meus companheiros Em recompensa dos meus tempos de boêmio Recebo a rua como herança da orgia A miséria e o desprezo foram os prêmios Que recebi na maldita boemia A miséria e o desprezo foram os prêmios Que recebi na maldita boemia (ui!) Ui, ui, ui, ui, ui!