Um abraço do Frankito Lopes O índio apaixonado Ui-ui-ui-ui ♪ Num vitrô, dentro de um quarto em minha frente Vejo um vulto diferente, não posso compreender Me aproximo de tanta curiosidade Porque o vulto na verdade, chega a me surpreender E por detrás de uma cortina transparente Sob luz fosforescente, vejo um corpo de mulher Que aparenta 20 anos mais ou menos Pelo o que estou sabendo, meu carinho, ela não quer E eu me perco diante de tanta beleza Presente da natureza, ela merece também Quando se veste roupa intíma elegante Com seu jeito provocante, não parece com ninguém Se retrocede num instante tão segura Num sorriso de ternura, deixa no vaso, uma flor Depois se curva sobre a cama lentamente E despercebidamente, ela faz cenas de amor Num desespero de uma vida tão vazia Curte o som sem alegria, no seu quarto de mansão Quando se perde, sob o som de um toca fita Eu a vejo mais bonita do meu quarto de pensão Ela contempla o seu corpo calmamente Com um gesto diferente, banha o rosto abrasador E eu delirando, num calor desesperado No vitrô quase fechado, quase morrendo de amor Discretamente, sai do quarto e fecha a porta Logo depois, ela volta do banho pra se enxugar Ela se esconde na toalha umedecida Sob uma luz colorida que está pra se apagar Nesta penumbra, devagar vai se deitando Suas mãos vão deslizando para o sono começar A luz se apaga, tudo acaba e eu fico triste Ao saber que nada existe entre nós, eu vou chorar A luz se apaga, tudo acaba e eu fico triste Ao saber que nada existe entre nós, eu vou chorar Eu vou chorar