Silêncio, que o réu tem algo a dizer em sua defesa Sempre quando eu voltava para o lar Ela ia me esperar toda tarde no portão E num abraço, me beijando com ternura Me apertava com loucura, provocando a emoção O nosso quarto se enchia de amor E os abraços o calor do seu corpo me acendia E de repente, sem censura ou preconceito Ela me dava o direito de lhe amar como eu queria Momentos que eu vivi Noites que eu não esqueci Momentos que eu vivi Noites que eu não esqueci Mas um dia, ao voltar pra casa cedo Ao entrar eu tive medo, algo não estava bem Em nossa cama aquela quem eu mais amava Totalmente se entregava nos braços de outro alguém Desesperado pelo golpe que sofri Nem se quer eu percebi que atirava sem parar Ao ver os corpos abraçados e sem vida Vi nascer uma ferida no meu peito a machucar Naquela hora, como eu sofri De certa forma, eu também morri Naquela hora, como eu sofri De certa forma, eu também morri Senhor juiz, eu peço a sua atenção Para a minha explicação, minha única defesa Naquela hora eu estava inconsciente Mas agora no presente, não suporto essa tristeza Como agiria a cada um que me condena Se assistisse a mesma cena, estando ali em meu lugar Por isso eu peço ouvir o grito da razão Ninguém sofre uma traição e se cala pra pensar Naquela hora, como eu sofri De certa forma, eu também morri Naquela hora, como eu sofri De certa forma, eu também morri Naquela hora, como eu sofri De certa forma, eu também...