Meia noite, madrugada Nas janelas lamparinas Pelas ruas quase nada Vejo a terra tão sozinha Ainda era lua Meio pote, pouca água Muita sede nessa vida Na peleja das estradas Vejo gente tão sofrida Ai, quanto açoite Anda que eu já quero sumir de casa Caso tu não venhas o que será agora Logo o dia tá na porta E eu já vou embora no primeiro trem Ando meio sem sentido, calado É preciso qualquer rumo, a estrada Lá de longe eu mando as cartas De uma nova aurora para ti, meu bem Que seja certo e que um dia Eu te veja assim tão calma Tão segura desses planos Noutra terra, noutra vida Que eu te veja entrando em casa, amor Trazendo a luz e tão florida Nesse dia serei festa de São João no coração Adeus, agora eu vou na frente Com a semente plantar a flor do sonho Que alimenta a gente Não larga a minha mão Estrela, me oriente Seja na terra a esperança reluzente Que seja certo e que um dia Eu te veja assim tão calma Tão segura desses planos Noutra terra, noutra vida Que eu te veja entrando em casa, amor Trazendo a luz e tão florida Nesse dia serei festa de São João no coração Adeus, agora eu vou na frente Com a semente plantar a flor do sonho Que alimenta a gente Não larga a minha mão Estrela, me oriente Seja na terra a esperança reluzente