Comprei um burrão ligeiro das orelhas entesourada' Pra ser o meu cumpanhero' no transporte de boiada Um areio cutiano, um par de espora prateada Um laço de doze tentos no meu burrão corta vento Não deixou boi de arribada ♪ Lá nos campo' de Goiás já fui peão afamado No manejo do cipó também fui arespeitado' Pra negociar uma boiada, eu sempre fui procurado Em toda compra que eu faço, eu assino rei do laço Assim fui apelidado ♪ Certa vez no Porto Quinze, um gado estava embarcando Escapou um pantaneiro dos casco' firme e leviano Joguei meu burrão em cima, meu laço saiu girando Lacei o boi de pealo, meu burro afirmou o estalo Trouxe o bicho arrastando ♪ Viajo de norte ao sul deste Brasil adorado Passo o mês atravessando por fronteira de estado Deixando em tudo as cidade' com o coração magoado Mas o que eu penso primeiro Que pra ser bom boiadeiro, nunca pode ser casado