Ao som de uma serenata Com a lua na imensidão de minha alma ferida Ouça, viola sentida, minha triste confissão Viola sentida que toca nas noites de lua Como uma alma que geme nas trevas perdida O som de tuas cordas vibrando dentro da noite São como frios punhais retalhando minha vida Sinto o cansaço dos anos gelando minha alma O tempo sempre seguindo seu ritmo forte Por que não para, viola, se você bem sabe Que da vida, agora só espero a morte ♪ Pare, viola sentida, não torture meu coração Trazendo em meu pensamento Saudosa recordação Farras, amores, orgias, prazeres desfeitos Já sepultados no tempo dos anos passados Hoje o que resta de outrora é grande saudade Saudade fria que mora em meu peito cansado Viola sentida que sabe meu grande segredo Por que seguiu os meus passos na longa jornada? Teu som hoje são espinhos que forram o leito Da estrada que sigo ao rumo do nada