Salve as mulheres pretas, Livres e vivas! Ela é preta É negra da rima Carrega seu corpo-estandarte aonde vai Voz de reação Chama pra ação Ela é mulher e grita pelo que quer Ela é mista Índia da periferia Carrega a revolução entre os dentes A luta ainda não findou E ela segue protegida Tem sangue da Dandara Tem sangue de Mairum Tem sangue de N'zinga Carolina, Cora, Pagu Escreve histórias Nas linhas da lida A sua luta tem suingue de mandinga Ginga na canção Marca geração Seu corpo é luz e vence a escuridão Seu riso branco vence qualquer demanda Ela tem um olhar de flecha certeira Seu canto é revolução Faz água brotar do chão Filha de todos os cantos Já ouvi de todos os contos Filha da mãe de todos os santos Filha de Nanã Buruquê Das águas que brotam no chão Da lama foi de onde eu vim Sou filha da disposição Misturada até nas raiz Vence demanda o que há Ainda vence com brilho no olhar A flecha é certeira E se correr vai te achar em qualquer lugar Do alto do morro eu vejo Visão ampla, favela vencendo Só não da pra falar que venceu Porquê muitos de nós ainda tão morrendo Tem sangue da Dandara Tem sangue de Mairum Tem sangue de N'zinga Carolina, Cora, Pagu