Atravessei o espelho Me fiz em partes Ouvi JuPat, dancei no pátio Fugi da aula, quebrei a jaula Me encontrei frágil E achei a cola Mudei la dentro pra transformar aqui fora Me olhei de volta, sem gênero Diluído, fluído, idéia fluindo Líquido, índigo A Binaridade é só um código Que eu hackiei Igual eu hackiei seu Windows Me sinto lindo Assumi a forma qual eu me apresento Transmasculino Fora dos Padrões que eu não entro Tão normativos Rompi a exosfera dessa esfera Pra além do que se espera Virei artematéria Matei o medo de dizer quem sou eu Mudei o flow lírico do eu onírico Olha quem cresceu Eu acredito em mim Agora eu vejo Deus No infinito que eu sinto Um Universo que é só meu Eu vou falar meu nome Pra não se esquecer Nasci pra ser enorme Maior que se pode ver Eu vou falar meu nome Pra não se esquecer Nasci pra ser enorme Maior que se pode ver Mundo binário, azul e rosa da Damares E eu colorindo os ares de arco íris Brilhando Antares Brindando Osíris Encontrando meus lugares Que eu prefiro, me identifico Com poder tão simples de mudar um pronome E causar um abalo CISmico Pra acabar com esse cinismo cis tão cinico Pra alem do hormonio, ou cromossomo Somos unicos Cósmicos Não somam com nois Não sabem quem somos Óbvio Nao Binário e não mono Quem não entende Entra em pane Eu vim tirar o sono Eu sou imenso Se eu me exponho É pra que a duvida nao sobre a Menino ou menina? Olha pro céu ce descobre ta? Eu to com a aura em órbita O que me habita incógnita E eu opto pelo que me faz sóbrio Sem me abster Agora com outro nome Outro mais próprio Muito prazer Eu vou falar meu nome Pra não se esquecer Nasci pra ser enorme Maior que se pode ver Eu vou falar meu nome Pra não se esquecer Nasci pra ser enorme Maior que se pode ver