Sou filho da terra irada Nasci no berço do espaço Fui escravo do Deus dinheiro Fui tudo, não sendo nada Em mistura de sargaços Com oiro de pioneiro Eu fui o bobo do rei Comi debaixo da mesa Migalhas de pão pisado Sem direitos, reclamei Direitos prá natureza De quem nasceu malfadado Fiz tudo para esquecer Alimentei-me de dor No vinho de desespero E a revolta fez nascer No meu peito sofredor Um hino de posso e quero Não é balada o meu fado Nem tenho medo de erguer Sua bandeira encarnada Fui menino, sou soldado E ninguém pode vencer Um filho da terra irada