Zero Um Um alarme interrompe um sonho Contra o corpo e contra a mente eu sei Ainda processo as vontades Que eu já abandonei Ondas me atravessam Me dizendo o que fazer Eu digito a minha vida Ao invés de a viver Eu amo como a sombra brinca No limiar do que a destrói Sonhando com o outro lado sempre Pedindo nostalgia quando a rotina dói Alguém quer que eu compre uma vitória fácil Ou então um sedativo se eu perder E a mais vendida é a ideia de que a vida É uma corrida que eu tenho que vencer Não posso provar que você existe Mas eu amo a fantasia De que a morte só insiste Porque ama companhia Quando o meu sangue for rarefeito O vento vai levar o meu nome E toda essa fúria em meu peito Não vai mais passar fome Quem me dera ser de novo A quimera que me era