A clausura dos condomínios, das grades de ferro Revelam calamidade urbana de sub cidades privadas Nomadismo involuntário, exército de reserva As mãos calejadas dos candangos empreendedores Erguem os monumentos ultrajados Palácios que anunciam a sua sentença Invasores Apartheid Invasores Invasores Apartheid Invasores Ateamos lenha na lareira que nos consome Longe de todos, mas ainda comprando Criam classes, afastando-as do centro O vírus cala a repressão, todas as vozes que se levantam Fluxo urbano friamente controlado A resposta está em apenas duas palavras Invasores Apartheid Invasores Invasores Apartheid Invasores Homens e mulheres incompatíveis Expulsos do campo a ferro e chumbo Cidadãos de segunda categoria, desterritorializados Criam sociedades paralelas A arquitetura ideológica é o pano de fundo O pano que oculta e esmorece A sede de vingança e derriba a alforria ♪ Linhas invisíveis são traçadas Vergonha, medo, indiferença Brotam no solo aglomerados de madeira Tão distantes do ideal de felicidade estampado no outdoor Muros e grades mantém as vítimas Em seus confortáveis cativeiros A paz existe somente quando projetada Pelo canhão a cores Pelo canhão a cores ♪ Segregação urbana Barbárie declarada Segregação urbana Barbárie declarada Isolar por temer