Sei que meu peito é cigano E que não se demora quieto Mas eu sempre te disse Que não se apegasse Que não se acostumasse Pois sabes, não sou de ninguém Os culpados foram os beijos, e as noites E as juras de amor que teimaram em te enganar Mas sou feito o vento, não posso me demorar Sou feito o vento, não posso me demorar Sou feito o vento, não posso me demorar Mas sou feito o vento, não posso me demorar Não sei como ainda crês em mim Em mim, que escrevo para todos Que tenho um amor em cada porto Que invento um conceito de amar Hoje estou aqui Amanhã já sou de outro Sei que te confundo Com esse meu jeito torto Que finge que pisa, mas que só quer avoar Que finge que pisa, mas que sabe avoar Que vai lá e pisa e depois quer avoar Que finge que pisa, mas que só sabe avoar Mas só sabe avoar E depois quer avoar Voar, voar, voar Que finge que pisa, mas que só sabe avoar